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terça-feira, 22 de maio de 2012

Conhecendo as Castas: Tempranillo

A Tempranillo é uma casta de uva tinta, sendo uma das mais conhecidas da Península Ibérica. É a casta símbolo da Espanha. Dependendo da região, a Tempranillo pode ser chamada também de Ull de Llebre (Penedès), Tinto Fino (Ribera del Duero), Tinta del País (Ribera del Duero), Tinta de Toro (Toro) e Cencibel (Valdepeñas). Em Portugal ela também é muito importante, conhecida como Tinta Roriz (Douro) ou Aragonês (Alentejo).


Ela é muito versátil, muito adaptável em climas e solos diferentes. Seu nome (temprano = cedo) se deve ao fato de apresentar um brotamento precoce, amadurecer rápido e, por conseqüência, ter um ciclo de crescimento curto. Apresenta cachos compactos de tamanho médio, seus bagos possuem casca grossa, com coloração negra brilhante. Prefere clima fresco com grande insolação, necessita de água em quantidades reduzidas e o cultivo em altas altitudes é bem vindo. Normalmente se apresenta com baixa acidez e açúcar, mas com bons taninos e aromas. Seus vinhos tendem a ser mais redondos, macios e com uma textura deliciosa.

Os especialistas classificam os aromas da Tempranillo entre os da Cabernet Sauvignon e da Pinot Noir. Geralmente os aromas mais encontrados são: frutas vermelhas (morango, amora, e as berrys), frutas pretas (geléia de ameixa), herbáceos (louro e orégano), especiarias (noz-moscada), outros (terra molhada, estrada de terra e piso de madeira). Quando o vinho é envelhecido em madeira, surgem novos aromas: caramelo, baunilha, tabaco, couro velho, manteiga e frutas secas.

Na boca, os vinhos geralmente são de textura envolvente, macia, sedosa e aveludada; com acidez e álcool equilibrados em corpo médio; e taninos redondos. Os aromas de boca mais presentes são morango, herbáceos, terrosos e algum couro velho.

A Tempranillo pode ser apresentada sozinha ou em corte. Em ambos os casos, ela dá origem a vinhos mais redondos, macios, aveludados e estruturados. O tempo de guarda pode ser bem vindo para essa uva nos casos dos grandes vinhos. Mas para a grande maioria, devem ser degustados jovens (até 07 anos).

Principais Regiões Produtoras:
Espanha, Rioja – Produz os vinhos mais conhecidos e emblemáticos, é uma das melhores expressões;
Espanha, Ribera del Duero – Começou a se destacar no início da década de 1980. Produz vinhos mais elegantes, cheios de tipicidade. Seus vinhedos (85% da área) estão localizados em zonas mais altas (850m). Também é uma das melhores expressões;
Espanha, outras regiões – Ainda merecem destaque as regiões de Toro, Navarra, La Mancha, Costers del Segre, Catalunya e Somontano. Cada qual produz um vinho único, particular, que pode ser varietal ou cortado com Cabernet Sauvignon, Merlot, Syrah e Mazuelo;
Portugal, Douro – Aqui ela é identificada como Tinta Roriz. É uma das cinco melhores castas tintas para produzir o Vinho do Porto. Contribui com cor, taninos, resistência à oxidação e aromas. Também produz excelentes tintos secos;
Portugal, Alentejo – Nesta região ela é conhecida como Aragonês. Pode se apresentar varietal ou em corte. Seus vinhos são mais quentes, carnudos, potentes e, as vezes, alcoólicos;
Argentina, Mendoza – Para alguns especialistas aqui está o futuro para a Tempranillo. A combinação de clima, solo e técnicas vem apontando para essa idéia. Normalmente se apresentam varietais;
Austrália – Hoje em dia é a casta com maior expansão por aquelas terras. Normalmente se apresenta em corte.

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