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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Conhecendo as castas: Tannat

A Tannat é uma uva tinta da família da Vitis Vinifera originária do sul da França e que hoje é símbolo do Uruguai. Esta uva dá origem a vinhos de muito caráter, bastante corpo e estrutura, muito tanino (daí vem o nome Tannat), com grande intensidade de cor, aromas deliciosos de frutas escuras e chocolate, com ótima concentração. Ela costuma entrar sozinha na produção de tintos encorpados e também são comuns os cortes com outras uvas.



A variedade foi levada para o Uruguai pelo imigrante basco Pascal Harriague e acabou se dando muito bem em todas as regiões do país. Lá, foi o mercado que determinou a localização das principiais vinícolas, que se instalaram perto de Montevidéu, a maior concentração populacional do país. Hoje, essa região Sul concentra perto de 84% da produção do país. Durante muito tempo, o mercado interno absorvia quase toda a produção do país, que não se destacava muito em termos de qualidade. O consumo interno continua significativo (29,2 litros por habitante ano, o 13º do mundo), mas a exportação passou a ser crucial. O mercado brasileiro é o maior cliente natural, já consome 50% do total exportado. Essa proporção pode crescer, pois os vinhos costumam ter preços relativamente atraentes e a qualidade vem evoluindo.

A Tannat caiu como uma luva no Uruguai, pois produz bastante, é aromática e seus vinhos têm muito corpo. A planta dessa uva tem ciclo curto. No Uruguai costuma chover na época da colheita, o que não é nada bom. As uvas que amadurecem mais cedo são, naturalmente as mais adequadas. Pois podem ser colhidas antes do período habitual de precipitações. As tardias, como a Cabernet Sauvignon não são tão prezadas. Tannat e Merlot são relativamente precoces e se completam em muitos cortes. No caso a Merlot entra para “amaciar” a Tannat a gerar vinhos ais atraentes e suaves. A Merlot, de certa forma, “doma” a Tannat.


A Tannat é também rica em antioxidantes naturais, que ajudam a prevenir doenças, entre elas alguns tipos de câncer. Muita gente não gosta da uva pois tem na memória um vinho muito adstringente (que seca demais a boca). No entanto, quando o vinho é bem elaborado, ele torna-se elegante e se mostra uma boa alternativa para as carnes, como as parrillas, o corte uruguaio por excelência.


Conhecer as bodegas (vinícolas) uruguaias próximas a Montevideo é um excelente passeio. Hoje os turistas são muito bem-vindos, degusta-se vinho a vontade e ainda servem uns petiscos, além das paisagens serem muito bonitas. As que eu conheço e recomendo o passeio são:

Antigua Bodega Stagnari
Telefone: +598 2362 1539
Endereço: Ruta 5 Km. 20 Santos Lugares / La Paz
Departamento: Canelones
Email: info@antiguabodegastagnari.com.uy
Web: www.antiguabodegastagnari.com.uy


Nome: Bouza Bodega Boutique
Telefone: +598 2323 7491
Endereço: Cno. de la Redención 7658 Bis
Departamento: Montevideo
Email: bouza@bodegabouza.com
Web: www.bodegabouza.com


Nome: Establecimiento Juanicó / Familia Deicas
Telefone: +598 4335 9735 /4335 9725
Endereço: Ruta 5 Km. 37,500 Juanicó
Departamento: Canelones
Email: juanico@juanico.com
Web: www.juanico.com.uy

Maiores informações pelo site: www.bodegasdeluruguay.com.uy


quinta-feira, 14 de junho de 2012

Restaurante Brasileirinho, para comer peixe esse é um dos melhores de Belém

Dia dos Namorados e eu de férias em Belém sozinho! Programação perfeita seria ficar no hotel, mas minha irmã me convidou para jantar e discutir alguns assuntos de família. A priori fiquei preocupado pois os restaurantes ficam lotados nessa data e temi ficar horas em uma fila. No entanto, me lembrei de um ótimo restaurante da cidade que ainda não é tão badalado e famoso: o Brasileirinho! Acertei em cheio pois ainda tinha lugar nas mesas na parte de fora da casa, mesmo não tendo feito reserva, a noite estava linda, o clima agradável, enfim, uma noite perfeita para curtir um dia dos namorados "incestuoso" com minha irmã! Rsrsrsrs.








Para começar, pedimos um honesto vinho Santa Helena Chardonnay (R$ 32,00), que não estava na temperatura ideal, mas depois de alguns minutos no balde de gelo ele ficou no ponto. A carta de vinhos do restaurante é muito pequena! Para se ter uma idéia, havia apenas 3 rótulos de vinho branco! Um absurdo para uma casa especializada em peixes.

O prato escolhido foi um Peixe ao Pesto Paraense ( grelhado, ao molho pesto feito com ervas da região. Acompanha risoto de camarão com tucupí e jambú) feito com filhote e com o absurdo preço de R$ 84,00 para duas pessoas (os preços dos restaurantes da cidade não param de subir). Ele foi servido em panela de barro e o sabor realmente era muito bom. Eu diria que é um prato com tempero direto, sem muitos subterfúgios gastronômicos, mas que por isso mesmo é tão especial.








O atendimento, para variar, não foi condizente com o preço cobrado pelo prato! O garçom que nos atendeu foi simpático, mas muitas vezes nos deixou desassistidos, nos obrigando a servir o vinho e o prato pela segunda vez. Os restaurantes tem que aprender que se querem cobrar preço alto, devem caprichar no treinamento e capacitação dos funcionários para que o atendimento seja condizente com o preço cobrado. Em São Paulo e Rio de Janeiro os restaurantes são bem caros, mas atender bem é regra do boteco pé sujo ao restaurante requintado!

Apesar dos contratempos com o atendimento, a noite foi agradável e valeu muito pela companhia da minha irmã que eu não via desde o reveillon deste ano e por sentir novamente o gosto da mistura infalível da culinária paraense (filhote, tucupi e jambu)!


www.restaurantebrasileirinho.com.br

Tv. 14 de Abril, 1880 - São Braz
Entre Mundurucus e Conselheiro Furtado
+55 (91) 3229-2642 - Belém/ Pa
contato@restaurantebrasileirinho.com.br

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Casa D'Noca

Na minha primeira noite de férias em Belém fiquei sabendo que eu já estava convidado para conhecer uma casa de samba de raiz na cidade, a Casa D'Noca, endereço relativamente novo e bastante frequentado pelos apreciadores do ritmo e também pelo público GLS.


Lá me encontrei com amigas para colocar a conversa em dia e para, curtir um sambinha e dançar. Chegamos por volta das 21h e a praticamente fomos os primeiros clientes do local, um casarão antigo estilo colonial que foi todo reformado e adaptado para receber o bar. O pé direito é alto, tiraram o reboco de algumas paredes para deixar a mostra os tijolos, colocaram painéis de grandes sambistas femininas como Beth Carvalho, Alcione, Clara Nunes e outras. A iluminação é bem fraca e no salão tem espaço também para um pequeno palco onde as bandas fazem seus shows. Segundo as donas, Flávia Anjos e Luciana Fajardo, a inspiração veio dos bares do bairro boêmio da Lapa no Rio de Janeiro.




Aos poucos o lugar foi enchendo, um público com bem mais de 30 anos, e quando a banda começou a tocar a casa já estava cheia. O pequeno espaço foi tomado pelas pessoas dançando e o samba de raiz rolou a noite toda. A banda era muito boa, com uma vocalista soltando um clássico atrás do outro.



Fomos atendidos pelo Marcelo, um garçom muito atencioso e ágil, como há tempos eu não via. Tomamos umas caipirinhas e outros drinks, além de um tira-gosto de picanha que estava muito bom. Os preços não são abusivos. Pode pedir sem medo!

Saímos cedo, por volta das 23:30h, a casa já estava cheia de gente. Pedimos a conta e quando estávamos saindo encontrei um velho colega de faculdade. Ele me chamou e eu na maior inocência pensei que tinha sido para me cumprimentar. Quando chegue perto, dei um abraço de amigo, soltei um "quanto tempo cara" e ele visivelmente bêbado me respondeu com um desconsertante "eu te amo"!!! Rsrsrsrs. Putz, disfarcei, bati em retirada e pensei comigo: "balada GLS tem dessas ciladas"!

Apesar do incidente na saída, o saldo foi positivo! Quem estiver na capital paraense e quiser curtir um sambinha, esta é sua opção!

www.casadnoca.com.br

Travessa 9 de Janeiro, 1677 - entre a Avenida Gentil Bittencourt e a Avenida Governador Magalhães Barata
São Brás - Belém - PA
(91) 3229-1792
Horário: 18h/1h (sex. até 3h; sáb. 12h/16h e 18h/3h; dom. 12h/15h e 17h/1h)

domingo, 10 de junho de 2012

Restaurante Remanso do Peixe: comida típica paraense

Tava muito afim de conhecer esse restaurante. Ouvia falar maravilhas dele em Curitiba (onde moro) e como fazia já um ano e meio que não vinha em Belém, estava ansioso para provar de suas delícias. Praticamente saí do avião e fui direto do aeroporto para entender os motivos que fizeram do Remanso do Peixe o mais badalado restaurante para se comer comida paraense na capital papa chibé.

Cheguei na rua Barão do Triunfo, no bairro do Marco, era quase 3h da tarde de um sábado e vi vários carros estacionados. Achei estranho pois nas minhas memórias da época que morava na cidade 11 anos atrás a região era bem tranquila. Estacionei o carro e entrei na vila bem residencial onde fica o restaurante que era a antiga casa onde seu Francisco morava com a família, entre eles seu filho e atual chef Thiago Castanho, há mais de 10 anos vendiam peixes e atendiam seus clientes em mesas simples com delícias da culinária local.


O restaurante hoje já passou por várias reformas, principalmente depois que foi alçado à categoria de referência da culinária paraense, mas continua com jeitão de casa de vila e nem placa tem. Já esperava isso, mas achei que as reformas o deixaram com um ar um pouco mais requintado e mais condizente com o preço absurdo que é cobrado pelos pratos.




Embora já envolvido com seu novo restaurante, o Remanso do Bosque, o chef Thiago Castanho diz não ficar muito tempo longe da cozinha do Remanso do Peixe. Thiago comanda a casa desde 2007, depois que voltou de um curso feito no Senac de Campos do Jordão (SP). Os pratos de mais saída são os de peixe para duas pessoas, entre os mais famosos estão o pirarucu defumado ao molho de leite de coco com banana-da-terra, ameixa seca e castanha-do-pará, a caldeirada paraense, peixes ensopados, moqueca paraense, etc. O filhote é o best seller para a maioria dos pratos, afinal é um peixe versátil e vai bem de quase todos os modos de preparo. Pedi uma moqueca paraense (com tucupi e jambu) O sabor é realmente muito bom, mas pagar R$89,00 pelo prato eu achei abusivo. Ele veio até que rápido e seu visual era muito apetitoso, servido numa panela de barro fumegante e com um aroma sensacional.



Para acompanhar pedi um vinho Finca La Linda Chardonnay (R$ 56,00), mas ele estava ainda longe da temperatura ideal e o garçom foi super proativo para fazê-lo esfriar (colocou no freezer e depois num balde com gelo e sal). Depois da 3 taça o vinho ficou mais geladinho e deu para sentir prazer em tomá-lo. No entanto, achei uma falha gravíssima para um restaurante tão caro não deixar os vinhos brancos ao ponto de serem servidos. Aliás, esse é uma das contradições do Remanso do Peixe.



Aliás, para um restaurante em Belém com preços de restaurante de São Paulo, esperava um atendimento impecável, mas não foi isso que aconteceu. Logo que cheguei fui direcionado para o salão do piso superior e depois um dos garçons me colocou em uma mesa legal que tinha visão para a cozinha e era decorado com pratos pintados na parede. Após isso fiquei uns 3 minutos esperando algum garçom olhar para mim e me dar um cardápio, e olha que a casa nessa hora (como as fotos mostram) não estava cheia. Por sorte o maitre percebeu a falha e me atendeu.






A experiência no Remanso foi muito boa em termos de sabor, mas realmente achei que para o preço cobrado pelos pratos ele poderia caprichar um pouco mais no atendimento e também na carta de vinhos que é bem enxuta, mesmo assim recomendo conhecer!


Remanso do Peixe
Travessa Barão do Triunfo, 2590
Marco – Belém/PA
Fone: (91) 3228.2477
Todos os cartões


sexta-feira, 8 de junho de 2012

Conhecendo as Castas: Merlot

Merlot é uma das uvas mais tradicionais e cultivadas pelo mundo. Ela é uma casta tinta e seus vinhos mais famosos vem de Saint Emillion em Bordeaux na França, onde faz rótulos para serem consumidos jovens.


A uva ficou ainda mais famosa pelo filme Sideways (Entre Umas e Outras), e pela repulsa do protagonista de tomá-lo em um jantar. Mesmo assim, quando o filme se aproxima do final, eles se deliciam com uma garrafa de Pétrus que é feito predominantemente de merlot. Vale muito conhecer este filme!


A uva possui um sabor adocicado, com gosto aveludado e bem harmônico. Quando jovem, acompanha pratos leves e quando é colocado em guarda, combina mais com sabores mais fortes como carnes vermelhas grelhadas e queijos bem temperados.


Originária da região de Bordeaux, a Merlot é descendente da Cabernet Franc e meia irmã da Carmenère e da Cabernet Sauvignon. Essa extrema semelhança com a Carmenère foi responsável pela confusão entorno dos vinhedos chilenos nos anos 1980. Segundo alguns estudiosos, seu nome "Merlot" ou "Merlau" provem de uma pássaro chamado "Merle" que costumava se deliciar com seus doces cachos.

Ela é cultivada em várias partes do mundo e possui grande prestígio. No passado ela não era tão glamurosa e frequentemente era citada como "a outra tinta de Bordeaux". Nessa época a Cabernet Suavignon era soberana nesta região, mas essa percepção mudou na década de 1980 quando começaram a despontar os vinhos do Novo Mundo.

Características


Em linhas gerais, sua cor é azul-negra-violácea menos intensa, resultando num vinho rubi-violáceo quando jovem, evoluindo para um rubi-atijolado. Seus bagos possuem pele mais fina com menos pigmento, tanino e menor acidez. Em contrapartida, apresenta mais açucares, consequentemente, mais álcool. É também mais suave, carnuda e aromática.
É uma casta de maturação rápida. Em Bordeaux, por exemplo, amadurece em média 02 semanas antes das Cabernets. Isso lhe garante fama de "colheita segura", escapando das perigosas chuvas durante o período de colheita. Ela se adapta bem a climas mais frios (em comparação com a Cabernet Sauvignon) com solos mais rochosos, áridos, argilosos e ferrosos.

Os aromas primários mais encontrados são: frutas pretas (ameixa, jabuticaba e groselha negra), herbáceos (chá, orégano, alecrim, azeitonas e húmus), especiarias (canela, cravo e noz-moscada), outros (tabaco, cogumelos e couro). Quando o vinho estagia em madeira, surgem novos aromas: caramelo, baunilha, coco, bala toffe, chocolate, café, torrefação, tostado, cedro, esfumaçado, nozes e figo seco.

Na boca, a principal característica é a textura macia, sedosa e aveludada; com acidez e álcool equilibrados em corpo médio; e taninos redondos. Os aromas de boca mais presentes são os de frutas pretas, herbáceos e algum sumo de carne. O uso de madeira pode ser benéfico. Porém muitos produtores não utilizam carvalho novo para não perder a elegância da uva.


Assim como a maioria das uvas tintas, a Merlot pode ser apresentada sozinha (varietal) ou em corte (assemblage). Em ambos os casos, ela dá origem a vinhos mais redondos, aveludados e estruturados. Normalmente, o tempo de guarda é bem vindo para essa uva, porém, seus vinhos podem ser degustados mais jovens. Quando em corte, ela é responsável por arredondar, harmonizar e dar mais elegância ao conjunto.

Principais Regiões


Apesar de ser originária da região de Bordeaux, a Merlot pode ser encontrada em praticamente todos os países produtores. Apenas as zonas mais quentes não são recomendadas. Dessa forma, as principais regiões são:

França, Bordeaux (margem direita) – Destacadamente as sub-regiões de St-Émilion (60%) e Pomerol (80%). Produz os vinhos mais emblemáticos, históricos, é a melhor expressão;
França, Bordeaux (margem esquerda) – Destacadamente a sub-região de St-Estephe. Produz vinhos elegantes em típico corte bordalês (Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e menores proporções de Petit Verdot, Malbec e Carmenère). Devido ao assemblage, os vinhos demoram mais para ficarem prontos e são mais longevos;
França, Bordeaux (outras regiões) – Produz vinhos menos complexos, mas com grande qualidade. Excelentes para se degustar sem ter que gastar fortunas;
França, Languedoc – Produz vinhos menos complexos e prontos para beber. Podemos dizer que são Merlots para o dia a dia;
Itália, Nordeste – Vinhos elegantes, diferentes e prontos. Mas a qualidade varia muito, assim sendo, é necessário prestar atenção ao produtor. A melhor região é o Friuli, onde os vinhos são varietais;
Itália, Toscana – Vinhos de grife, produz alguns dos Supertoscanos. Normalmente entra em corte com a Sangiovese e com a Cabernet Sauvignon. A sub-região de Maremma se destaca;
Portugal, Setúbal – Vinhos deliciosos, redondos e poderosos, que podem ser degustados jovens ou guardados por alguns anos. Normalmente se apresentam varietal e com forte presença de madeira;
EUA, Califórnia – Vinhos estruturados, encorpados e longevos. Extremamente frutados e marcados pelas especiarias (varietais ou em corte). Alguns são fortes concorrentes dos melhores exemplares de Bordeaux. As melhores sub-regiões são: Napa Valley, Oakville, Stags Leap, Carneros, Mendocino, Dry Creek e Sonoma Valley;
Chile, Vale Central – Durante muito tempo se confundiu Merlot com a quase desaparecida Carmenère. Nessa época usava-se o termo "Merlot Chileno". Hoje, após a distinção, sabemos que o Chile produz bons Merlots com um toque mais herbáceo e com madeira marcada. Vinhos encorpados e interessantes (varietais ou em corte);
Africa do Sul – Antes de 1980 não existia Merlot. O rápido crescimento foi impulsionado pelos excelentes resultados. Vinhos elegantes, potentes, alcoólicos e muito aromáticos. Pode ser varietal ou corte e já estão prontos para beber;
Austrália – Representa apenas 3% da produção de vinhos. Porém, produz vinhos diferentes, com pouca fruta e aromas mais terrosos (varietais ou em corte).

É verdade: A Merlot faz bem ao coração!


Em 1991, o programa americano de televisão, "60 Minutes", levou ao ar uma reportagem comentando sobre o "Paradoxo Francês". Segundo a reportagem, o paradoxo era baseado no fato dos franceses cozinharem com enormes quantidades de gordura (banha e manteiga) e, ao mesmo tempo, terem baixos índices de ocorrência de doenças cardíacas. A explicação dada era o alto consumo de vinho tinto que é rico em "resveratrol", um agente químico que, entre outros benefícios, reduz o colesterol ruim. Imediatamente, o consumo de Merlot aumentou incrivelmente.

domingo, 3 de junho de 2012

Restaurante Feijão do Norte, comida nordestina no centro de Sampa

São Paulo é um paraíso para quem gosta de qualquer tipo de comida, mas como é uma cidade que tem muitos nordestinos, não seria de se estranhar que a capital paulista tivesse ótimos restaurantes de culinária regional nordestina. Conheci essa casa que fica no centro de São Paulo, perto da Praça da República, do Teatro Municipal e da Galeria do Rock por indicação de uma amiga. O lugar é bem interessante e a comida é ótima!


Ele fica no segundo andar da Galeria 7 na Rua 7 de abril, centrão de Sampa e por isso seu público mais frequente são as pessoas que trabalham nos inúmeros prédios comerciais ou lojas da região. No entanto, sua fama de boa comida traz também pessoas como eu que vão lá para se deliciar com a autêntica comida nordestina, com pratos bem servidos, baratos, bonitos de se ver e saborosos.

Diz a lenda que o dono (nordestino obviamente) era atendente de um dos call centers da região, já tinha sido garçom em alguns restaurantes paulistanos e um belo dia, entediado em sua baia, fez as contas num pedaço de papel de quanto ganhava empregado x quanto poderia ganhar sendo dono do seu nariz. O resultado dessa matemática deu no Feijão do Norte que hoje já conta com 3 unidades.




 
Era sábado, período onde a maioria dos escritórios está fechado e por isso o restaurante não estava muito cheio. Pedi logo uma caipirinha com a cachaça da casa que a garçonete indicou e uma carne seca desfiada com mandioca, arroz e feijão. No cardápio ainda podemos encontrar o famoso baião de dois, o arrumadinho, os escondidinhos de carne seca e frango, mexidinho, sarapatel e outras delícias arretadas. Para agradar a todos, eles também servem pratos executivos menos típicos e mais ao gosto dos paulistanos. De noite ele ainda são um badalado bar e suas porções são o forte neste horário.






O atendimento até que não é ruim, mas também não encanta! O legal do restaurante é o clima despojado e acolhedor, além da comida que é muito boa e os preços que não assustam. Acho que é uma opção diferente e bacana para conhecer na capital. Recomendo!


Para acompanhar o clima descontraído do local e homenagear um grande nordestino que faria 100 anos em 2012, segue uma música do grande Luiz Gonzaga:


Feijão de Corda

Rua 7 de abril, 125, Republica
Galeria 7 de Abril-Sobreloja 05
São Paulo

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