A Tempranillo é uma casta de uva tinta, sendo uma das mais conhecidas da Península Ibérica. É a casta símbolo da Espanha. Dependendo da região, a Tempranillo pode  ser chamada também de Ull de Llebre (Penedès), Tinto Fino (Ribera  del Duero), Tinta del País (Ribera del Duero), Tinta de Toro (Toro) e Cencibel  (Valdepeñas). Em Portugal ela também é muito importante, conhecida como Tinta  Roriz (Douro) ou Aragonês (Alentejo).

 
Ela é muito versátil, muito adaptável em climas e solos diferentes. Seu nome (temprano = cedo) se deve ao fato de apresentar um brotamento precoce,  amadurecer rápido e, por conseqüência, ter um ciclo de crescimento  curto. Apresenta cachos compactos de tamanho médio, seus bagos possuem casca grossa,  com coloração negra brilhante. Prefere clima fresco com  grande insolação, necessita de água em quantidades reduzidas e o cultivo em  altas altitudes é bem vindo. Normalmente se apresenta com baixa acidez e açúcar,  mas com bons taninos e aromas. Seus vinhos tendem a ser mais redondos, macios e  com uma textura deliciosa.
Os especialistas classificam os aromas da Tempranillo entre os da Cabernet Sauvignon e da Pinot  Noir. Geralmente os aromas mais encontrados são: frutas vermelhas (morango,  amora, e as berrys), frutas pretas (geléia de ameixa), herbáceos (louro e  orégano), especiarias (noz-moscada), outros (terra molhada, estrada de terra e  piso de madeira). Quando o vinho é envelhecido em madeira, surgem novos aromas:  caramelo, baunilha, tabaco, couro velho, manteiga e frutas  secas.
Na boca, os vinhos geralmente são de textura envolvente, macia,  sedosa e aveludada; com acidez e álcool equilibrados em corpo médio; e taninos  redondos. Os aromas de boca mais presentes são morango, herbáceos, terrosos e  algum couro velho.
A Tempranillo  pode ser apresentada sozinha ou em corte. Em ambos os  casos, ela dá origem a vinhos mais redondos, macios, aveludados e estruturados. O tempo de guarda pode ser bem vindo para essa uva nos  casos dos grandes vinhos. Mas para a grande maioria, devem ser degustados jovens  (até 07 anos).
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| Principais Regiões Produtoras:
 
  Espanha, Rioja – Produz os vinhos mais conhecidos e emblemáticos, 
é uma das melhores expressões; 
  Espanha, Ribera del Duero – Começou a se destacar no início da 
década de 1980. Produz vinhos mais elegantes, cheios de tipicidade. Seus 
vinhedos (85% da área) estão localizados em zonas mais altas (850m). Também é 
uma das melhores expressões; 
  Espanha, outras regiões – Ainda merecem destaque as regiões de 
Toro, Navarra, La Mancha, Costers del Segre, Catalunya e Somontano. Cada qual 
produz um vinho único, particular, que pode ser varietal ou cortado com Cabernet 
Sauvignon, Merlot, Syrah e Mazuelo; 
  Portugal, Douro – Aqui ela é identificada como Tinta Roriz. É 
uma das cinco melhores castas tintas para produzir o Vinho do Porto. Contribui 
com cor, taninos, resistência à oxidação e aromas. Também produz excelentes 
tintos secos; 
  Portugal, 
Alentejo – Nesta região ela é conhecida como Aragonês. Pode se apresentar 
varietal ou em corte. Seus vinhos são mais quentes, carnudos, potentes e, as 
vezes, alcoólicos; 
  Argentina, Mendoza – Para alguns especialistas aqui está o 
futuro para a Tempranillo. A combinação de clima, solo e técnicas vem apontando 
para essa idéia. Normalmente se apresentam varietais; 
  Austrália – Hoje em dia é a casta com 
maior expansão por aquelas terras. Normalmente se apresenta em corte. | 
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